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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Resenha - Pássaro Raro (Scanner do Tempo) de Jostein Gaarder



       Pessoas, como disse na última resenha estou trazendo à vocês a resenha de O Pássaro Raro de Jostein Gaarder, porém com ênfase no melhor conto do livro: O Scanner do Tempo.



Características
Nome: O Pássaro Raro
Nome Original: Diagnosen og andre noveller
Autor: Jostein Gaarder
Editora: Cia. das Letras
Páginas: 208
ISBN: 8535901736
Gênero: Contos


Primeiro Conto: O Pássaro Raro

    Consta que o mundo tem muitos anos. Porém raramente ele dura mais de um século. Somos nós que envelhecemos.


    Enquanto vierem pessoas ao mundo, ele terá o mesmo viço e frescor do sétimo dia, no qual Deus descansou.

    Neste momento, somos testemunhas de uma criação. Ela desponta diante de nossos olhos, em plena luz do dia: um mundo surge do nada...

    E ainda assim existem pessoas que ficam entediadas!

    A maior parte do tempo o mundo desperdiça dormindo.
    A maior parte do espaço também.
  Apenas de vez em quando, ele esfrega os olhos e desperta para a consciência de si mesmo.
    — Quem sou eu? — indaga o mundo.
    — De onde venho?
    Por alguns segundos, o pássaro raro pousou em nosso ombro.


Resenha

        Ao invés de trazer à vocês a sinopse eu achei que seria mais legal mostrar-lhes o um pouco da escrita de Jostein Gaarder, para que vocês vejam como ele é profundo, e neste caso, até mesmo difícil de se interpretar. Esse conto na verdade é uma poesia, mas o resto do livro não. Porém por ele já notamos que durante o livro vamos diversas vezes parar para refletir e terminar essa reflexão com um maravilhoso sorriso no rosto.

       Dos dez contos do livro, meu preferido é O Scanner do Tempo, onde o narrador nos conta sobre a criação de uma máquina que através dela seria possível assistir a qualquer momento pela qual a humanidade passou, seja em uma guerra, ou até mesmo uma situação cotidiana, e o mais interessante é que ele traz uma explicação até que lógica para essa máquina, acabando com aquele problema de alguns livros que é uma história com pontas inexplicadas. A partir da metade do livro, o narrador narra a história de uma maneira que a deixa extremamente emocionante, fazendo com que você com certeza a termine no mesmo dia, e é claro, praticamente sem ar de tanta emoção. O clímax do conto toma dimensões gigantescas levando você a pensar sobre esse como a sociedade reagiria diante dessa máquina, visto que ela já passa horas e horas em frente a uma televisão.

       Agora a parte do problema do livro. Alguns contos eu achei bem chatinhos, por exemplo, o conto Buda, pois ele é muito grande e nada demais acontece, só te leva a pensar sobre a efemeridade da vida (Cecília Meirelles o faz de maneira muito mais interessante).

        Não deixem de ler o livro por causa de alguns contos bobos, pois eu digo com toda certeza que as trinta páginas de O Scanner do Tempo é muito melhor que MUITOS, mas muitos mesmo, livros que já lí.