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domingo, 22 de dezembro de 2013

Resenha - O Dom (Bruxos e Bruxas #2) de James Patterson



       Os irmãos Allgood nunca desistem de lutar contra os poderes autoritários e desumanos d’O Único Que É O Único, mas, agora, eles estão sem Margô — a jovem e atrevida revolucionária; sem Célia — o grande amor de Whit; e sem seus pais — que provavelmente estão mortos... 
       Então, em uma tentativa de esquecer suas tristes lembranças e, ao mesmo tempo, continuar seu trabalho revolucionário, os irmãos vão parar em um concerto de rock organizado pela Resistência onde os caminhos de Wisty e de um jovem roqueiro vão se cruzar. Afinal, Wisty poderá encontrar algo que lhe ofereça alguma alegria em meio a tanta aflição, quem sabe o seu verdadeiro amor... 
       Mas, quando se trata destes irmãos, nada costuma ser muito simples e tudo pode sofrer uma reviravolta grave, do tipo que pode comprometer suas vidas. 
       Enquanto passam por perdas e ganhos, O Único Que É O Único continua fazendo uso de todos os seus poderes, inclusive do poder do gelo e da neve, para conquistar o dom de Wisty... Ou para, finalmente, matá-la.

       Antes de tudo, essa resenha será bem rápida, pois mantenho as impressões que tive do primeiro livro, apenas adendo então os pontos em que esta continuação piorou ou melhorou. 
       Ah, fiquem tranquilos, não darei nenhum spoiler do primeiro livro nem do segundo.
       O "ghostwriter" - antes Gabrielle Charbonet, agora Ned Rust - mudou e portanto eu realmente tinha esperanças de que a série ficasse no mínimo ruim. Mas não, continua péssima, se não até mesmo pior que o primeiro.
       Neste segundo volume há mais do mesmo. Os autores tentaram até mesmo inserir um - mal-sucedido - romance, humor sem graça, e situações que ao invés de serem interessantes e empolgantes se tornaram apenas surreais, inadequadas para a ocasião e entediantes.
       Costumo gostar dos livros da Novo Conceito, e realmente acredito que o James Petterson consegue ter ideias melhores, então não desisti do autor. Pretendo ler alguma outra série e talvez até mesmo continuar nesta - visto os livros serem tão curtos e rápidos - mas não posso negar que Bruxos e Bruxas foi um grande erro. Em todos os sentidos.
       Meu objetivo é sempre ser honestos com vocês então esta é minha opinião, assim como já vi gente - amigos meus mesmo - que amaram a série. Portanto sugiro a vocês que, como sempre, leiam outras resenhas antes de ter uma posição formada sobre começar ou não a ler Bruxos e Bruxas.

Por Henrique Marques

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Resenha - Tão Ontem de Scott Westerfeld


Romance, ação, mistério e uma boa dose de sátira, "TÃO ONTEM" é um romance fascinante, que vai fazer você questionar tudo que sempre pensou sobre o que é ser cool.
Você já pensou em quem foi o primeiro a usar a carteira presa por uma corrente ou quem começou a usar calças grandes demais de propósito? E o primeiro a usar o boné virado para trás? Esses são os Inovadores, as pessoas no topo da pirâmide de consumo. Aos 17 anos Hunter é um Caçador de Tendências, os segundos na pirâmide. Seu trabalho: identificar o que há de mais novo e legal para o mercado seguir. Seu modus operandi: observar sem se envolver. Mas a partir do momento que ele conhece Jen, uma Inovadora, ele não consegue evitar se envolver. E muito.
A dupla é chamada para uma reunião misteriosa com Mandy, chefe de Hunter. Mas o encontro não acontece e tudo que descobrem é o celular de Mandy em um prédio abandonado. De uma hora para outra, Hunter e Jen se vêem envolvidos em uma guerra do mercado: um carregamento repleto com os tênis mais legais que já viram, anúncios de produtos que não existem e um obscuro grupo dedicado a desmantelar a cultura consumista como conhecemos.
       Se você acompanha o blog há mais tempo deve saber que Scott Westerfeld é um dos meus autores favoritos, se não O favorito. Suas ideias são dotadas de originalidade e até mesmo genialidade, ainda que sua trama e escritas sejam simples e mais voltadas para o público jovem-adulto.
       Do autor já li a quadrilogia Feios e a duologia Vampiros de Nova York, e talvez por conhecer e gostar tanto acabei me decepcionando um pouco com Tão Ontem, principalmente por minhas expectativas estarem altas devido à genial premissa.
       Mas não digo também que não gostei. Tão Ontem é ótimo, mas apenas é menos do que eu estou acostumado a esperar do autor.
       Como sempre Scott Westerfeld não se contenta em criar uma história. Aqui ele novamente cria toda uma espécie de ciência, tudo muito bem explicado e trabalhado, a um nível de detalhe que me maravilhou durante a leitura. E está a genialidade do autor e o porquê que você deve ler o livro.
       A premissa envolve o mundo da moda. Não a parte que nós vemos, das modelos, revistas, roupas e grifes, mas sim dos caçadores de tendências, os cool hunters. Eles não estão à vista, não estão na mídia. Ao invés, estão nas ruas procurando potenciais tendências. Já parou para pensar em quem foi o inventor laço do cardaço? Ele foi um Inovador, e é exatamente pelos inovadores que os cool hunters procuram.
       Já a narrativa vai tratar de um Cool Hunter que em sua caça à Inovadores acaba encontrando Jen e quebrando a regra de permanecer escondido, entretanto, logo ele entende o porquê da existência dessa regra, e porque é perigoso se envolver com Inovadores, visto que são destemidos e criativos, portanto, praticamente um imã de problemas.
      O maior problema para mim foi a trama criada, ou o problema criado para dar ação e continuidade à premissa. Achei um tanto boba e pequena perto da grandiosidade que a história poderia ter tomado. Mas por outro lado temos a escrita do Scott que flui de uma maneira incrível e ao mesmo tempo passa longe de qualquer sinal de amadorismo.
      Para finalizar, preciso dar destaque para a capa. Pode não ser bonita, ou atrativa, mas quando se lê o livro é possível entender completamente o motivo da escolha de cada elemento. Podemos ver essas roupas de bonecos de papel - que eu mesmo já fiz muito - e que assim como nós colocamos e tiramos a roupa que quisermos nestes bonecos, os caçadores de tendências fazem o mesmo conosco. Eles ditam o que está na moda, eles definem o que devemos usar. Quando começar, e quando parar.
      Portanto, deixo sim a recomendação deste livro. Ainda que tenha pouco enredo, a ideia é fantástica e a construção desta também vale a leitura, sem dúvida alguma. 
      Espero que tenham gostado :)
      Beijos a todos. 

Por Henrique

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Resenha - Esc@ndalo de Therese Fowler




Amelia Wilkes tem um pai rigoroso que não permite que ela namore, mas isso não a impede de viver um romance secreto com o cativante Anthony Winter. Desesperadamente apaixonados, os dois sonham uma vida juntos e planejam contar tudo sobre seu amor aos pais de Amelia... Mas só depois que ela completar dezoito anos — e for legalmente reconhecida como adulta. No entanto, a paixão do casal é exposta mais cedo do que o previsto... Eles são jovens, andam grudados aos seus celulares e postam todo tipo de informação — inclusive aquelas informações mais particulares, que só deveriam dizer respeito a eles mesmos — até que o pai de Amelia encontra fotos de Anthony, nu, no computador de sua filha. Poucas horas depois, Anthony é preso. Apesar dos protestos de Amelia, seu pai usa de todo o poder e influência entre os policiais, e entre os meios de comunicação, para transformar Anthony em um pervertido que caçava sua inocente filha. De mãos atadas, cabe aos dois apaixonados arriscar uma última saída, ousada e perigosa, e apagar a acusação de sexting que Anthony recebeu.

       Minha experiência com Esc@andalo: Quando Henrique me informou que me enviaria o livro eu não sabia o que pensar. Pela capa achei que de alguma forma poderia ser uma releitura moderna de Romeu e Julieta - afinal é isto que está escrito justamente nela - e de certa forma realmente é, mas de um jeito um tanto...peculiar.
       Ponto de vista geral: Horas, foi o que passei tentando escrever essa resenha, no entanto, ao meu ver, nada que escrevi conseguia descrever o que realmente achei do livro, e isso não é um elogio. 
       Um Romeu e Julieta do século XXI? Se esse for o caso me manterei afastado de Shakespeare por toda minha vida. Uma historia que tinha tudo para ser interessante, pois se trata de um assunto pouco trabalhado no mundo literário: o sexting. Para aqueles que não sabe, trata-se de envio de pornografia por meio de celulares e e-mail. Confesso que eu mesmo pouco conhecia sobre o assunto, e fiquei interessado, principalmente porque ultimamente temos visto tantos casos de revenge porn, algo que por alguns adolescentes pode ser visto como inocente, mas pode ter consequências absurdamente graves. 
       As primeiras paginas fluíram com facilidade, a autora a todo momento deixava claro o quanto o sentimento entre os protagonistas era intenso, e o que ao ponto de vista de Amélia era um ato de admiração, se tornou um grande problema quando seu pai flagrou fotos de seu namorado (embora sem o conhecimento de sua família), nu em seu computador. 
       E é ai que se da inicio aos problemas, e infelizmente também se inicia o drama.   
       Therese Fowler tem uma capacidade imensa de enrolação - pena que pouco talento para o mesmo - visto que conseguiu girar paginas e paginas em torno do mesmo problema. Um erro que me fez adiar a leitura por vários dias.
       As ultimas 30 paginas foram as piores, tudo que se era esperado aconteceu, um típico clichê literário. Gostaria de ter gostado do livro, mas infelizmente não me surpreendeu, e muito menos me despertou desejo de continuar a leitura, por tanto, é com pesar que devo dizer, foi sem sombra de duvida, o pior livro do mês de novembro.
      É claro, são impressões minhas, portanto recomendo que leiam outras resenhas para só então tirarem uma conclusão de se vão ou não ler o livro.


Por Juliano